"Shakespeare criou o mundo em sete dias. No primeiro dia fez o céu, as montanhas e os abismos da alma. No segundo dia fez os rios, os mares, os oceanos e os restantes sentimentos - Que deu a Hamlet, a Júlio César, a António, a Cleópatra e a Ofélia, a Otelo e a outros para que fossem seus donos, eles e os seus descendentes, pelos séculos dos séculos. No terceiro dia juntou todos os homens e ensinou-lhes os sabores: O sabor da felicidade, do amor, do desespero; o sabor do ciúme, da glória e assim por diante, até esgotar todos os sabores. Por esse tempo chegaram também uns indivíduos que se tinham atrasado. O criador afagou-lhes compassivo a cabeça, e disse que só lhes restava tornarem-se críticos literários e contestarem a sua obra. O quarto e o quinto dia reservou-os para o riso. Soltou os palhaços para darem cambalhotas, e deixou os reis, os imperadores e outros desgraçados divertirem-se. Ao sexto dia resolveu alguns problemas administrativos: Forjou uma tempestade, e ensinou ao rei lear o modo de usar uma coroa de palha. Com os restos da criação do mundo fez o Ricardo III. Ao sétimo dia viu se havia algo mais a fazer. Os directores de teatro já tinham coberto a terra de cartazes, e Shakespeare concluiu que depois de tanto esforço também ele merecia assistir ao espectáculo. Mas antes disso, esfalfado de todo, foi morrer um pouco".
Marin Sorescu (1936-1996)
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CONFISSÕES DE UM CARRASCO NA HORA DE IR PARA A CAMA - MAU ARTISTA
CONFISSÕES DE UM CARRASCO NA HORA DE IR PARA A CAMA
CONFISSÕES DE UM CARRASCO NA HORA DE IR PARA A CAMA
ESTREIA A 23 DE NOVEMBRO 07 TEATRO DE VILA REALwww.teatrodevilareal.com
Cinco mortos, um Carrasco, uma Suicida e uma “Ordem” compõem o mundo absurdo deste espectáculo. A extinção retratada através de cinco Mortos sem nome que todas as noites aparecem no mesmo sítio, apenas para não deixarem adormecer o Carrasco que os matou. Todas as noites a mesma coisa, tantas noites seguidas que nem os Mortos sabem há quanto tempo estão por ali. Falam porque tem de ser, porque a “Ordem” assim o exige. Não deixar adormecer o Carrasco… o culpado (para eles) por se encontrarem naquela situação.O Carrasco que não fala, que já não fala… o Carrasco que se sente culpado apenas por uma morte… a única que não aconteceu através da lâmina que usa… a morte da mulher que se suicidou por não aguentar a pressão de ser mulher de um Carrasco. Este ser não fala até perceber que a “Ordem” de certa forma se alterou, que falar será a única forma de todos irem embora e ele poder descansar, finalmente adormecer depois de tanto tempo… depois de tantas noites assim. Surgem desta forma as “Confissões de um Carrasco na hora de ir para a Cama”.
FICHA ARTÍSTICA
Título do espectáculo: Confissões de um Carrasco na hora de ir para a Cama Texto e Encenação: Nuno Preto Cenografia: Ricardo Preto Design de Luz: Cláudia Valente Design de Figurinos: Inês Mariana Moitas Interpretação: Helder Guimarães, Sara Pinto Pereira, José Nunes, Sara Costa, Susana Madeira, Tânia Dinis, Teresa Corte Real Produção Executiva: Marta Lima, Tânia Reis Design Gráfico: João César Nunes Produção: Mau Artista
1º Festival Internacional de Clown do Porto
APAREÇAM ISTO VAI DAR QUE FALAR
Apareçam para ver este festival que para além dos espectáculos de clown, conta ainda com workshop's, debates, curtas e longas metragens sobre o clown e o seu universo e ainda debates e discussões sobre os processos de trabalho do clown. A não perder.
Se quiserem mais informações vão ao Blog:
www.teatro-do-frio.blogspot.com
Se quiserem mais informações vão ao Blog:
www.teatro-do-frio.blogspot.com
SHAKESPEARE AINDA ME PERSEGUE
"Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se, se não tiver o mundo como mestre. A experiência se adquire na prática."
"As coisas mais mesquinhas enchem de orgulho os indivíduos baixos"
As Alegres Comadres de Windsor (1600-1601)
"Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer". - "Ato V - Cena V: Page Coriolano (1607-1608)
"A adversidade põe à prova os espíritos".
"Fugi do fogo para não me queimar e fui cair no mar, onde me afogo". - Ato I - Cena III: Proteu
"Lábios, fazei cessar o amargo verbo, pondo fim à linguagem". - Ato V - Cena I: Timão
"A opinião pública, a mais alta soberana do êxito...". - Ato I - Cena III - Doge
"Devagar! Quem mais corre, mais tropeça!"
"O sono é o prenúncio da morte."
"Nós somos feitos do tecido de que são feitos os sonhos."
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que poderia ser nosso pelo simples medo de tentar."
"É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada."
Shakespeare
"Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se, se não tiver o mundo como mestre. A experiência se adquire na prática."
"As coisas mais mesquinhas enchem de orgulho os indivíduos baixos"
As Alegres Comadres de Windsor (1600-1601)
"Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer". - "Ato V - Cena V: Page Coriolano (1607-1608)
"A adversidade põe à prova os espíritos".
"Fugi do fogo para não me queimar e fui cair no mar, onde me afogo". - Ato I - Cena III: Proteu
"Lábios, fazei cessar o amargo verbo, pondo fim à linguagem". - Ato V - Cena I: Timão
"A opinião pública, a mais alta soberana do êxito...". - Ato I - Cena III - Doge
"Devagar! Quem mais corre, mais tropeça!"
"O sono é o prenúncio da morte."
"Nós somos feitos do tecido de que são feitos os sonhos."
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que poderia ser nosso pelo simples medo de tentar."
"É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada."
Shakespeare
1 comentário:
Não poderia estar mais de acordo com tudo isso.
Pena não ter havido mais dias disponiveis para a criação e hoje não teriamos tantos ignorantes e desalinhados...
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